Bazar na Sede da Província Cristo Redentor pelas Missões

11/05/2022

A força da ternura missionária

Nos dias 21 a 24 de abril e 7 de maio, na sede da Província Cristo Redentor, foi realizado o Bazar Missionário, uma prática que vinha sendo realizada há vários anos. A doação de roupas usadas, enviadas por uma entidade Alemã coordenada por Roman Engelhart, a confecção de Trabalhos Manuais e a produção de geleias saborosas, tudo produzidas pelas Irmãs e benfeitores, eram a fonte de renda para ajudar a sustentar as missões da Congregação.

            Suspenso há mais de dois anos por conta da pandemia da COVID, roupas, confecções e geleias estavam em ritmo de espera para realizarem sua finalidade e cumprirem sua missão.

Durante esses dias a sede provincial foi palco da “força da ternura missionária”. Desde o dia 18 de abril, o cenário da sede foi sendo modificado. Trabalhadores chegavam com lonas e outros materiais para organizar o espaço físico, fazendo a cobertura e cuidando da proteção do ambiente.  A seguir vieram voluntários e voluntárias que, junto com as Irmãs, ajudaram abrir os fardos das roupas e organizar tudo. Providenciaram araras e cabides em grande quantidade, para pendurar as roupas maiores, dando a impressão de ser uma “loja de confecções”. Cuidaram da colocação de mesas e cadeiras para as roupas menores e trabalhos manuais, ajudaram na montagem de todo o bazar. Quem eram estes voluntários? Pessoas doadas e solidárias do Movimento Serra e do grupo do Projeto “Bocado do Pobre”.  Como surgiu esta linda parceria?

 Em reunião da pastoral Vocacional arquidiocesana, em 2017, Ir. Ivanete Rimoldi conheceu a Sonia Baccaro, coordenadora do Movimento Serra, um movimento que tem como missão ou ‘carisma’, o trabalho vocacional. Foi suscitado pelo Espírito Santo para esta finalidade. O Movimento Serra nasceu com o carisma de amar os Sacerdotes, Religiosos, Missionários e os vocacionados. Quem pertence ao Serra assume esse serviço como tarefa sua, como sua missão específica. Conhecendo nossa Congregação, se identificaram muito com nosso carisma franciscano, pois recebem o nome “Serra” em homenagem a São Junípero Serra, famoso Missionário Franciscano, que viveu de 1713 a 1784 e exerceu papel preponderante na evangelização.

A partir destes primeiros contatos, e posteriormente através de Irmã Marilene Aparecida de Souza que começou a participar dos encontros, os “Serranos” deste grupo dispuseram-se a ajudar no que fosse necessário. Dado a experiência de diversos membros em organizar bazares, foram convidados a ajudar neste “bazar da caridade”, realizado nos dias 21 a 24 de abril. Além dos participantes do Movimento Serra, pessoas do grupo ‘Bocado do Pobre’, um projeto da Paróquia São José Trabalhador, muito nos ajudaram, juntos com outras pessoas conhecidas por eles.

A experiência deste bazar foi excepcional. Descrever tudo o que se viveu nestes dias, é pretensão impossível de se realizar. Uma coisa é certa: a “ternura missionária” tem força transformadora. A sensibilidade pela ação missionária da Congregação foi geradora de relações novas, de solidariedade sem fronteiras, de contribuição sem limites. Foram dias de intensa atividade, de doação sem limites, de gratuidade encantadora.

As Irmãs da sede provincial, cada qual na sua possibilidade e responsabilidade, foram o centro de sustentação de tudo: na acolhida, na alimentação, na atenção constante.

Irmãs da Sede Geral, da Rondinha, de Coronel Vivida e outras, formaram uma verdadeira trincheira de apoio e colaboração.

Os Leigos foram o coração propulsor de todo o bazar.  Sem eles, não se realizaria um evento de tais proporções. Foram eles que deram toda a dinâmica da ação, desde a atribuição dos valores das peças, passando pela forma de organização e apresentação dos produtos, assumindo o papel de especiais vendedoras.

Como não reconhecer a grandeza de ação e de responsabilidades dos que assumiram a cobrança final das compras? Atenção e cuidado de quem registrava os valores dos produtos, chegando finalmente aos caixas, onde o profissionalismo e a simpatia coroavam todo o processo.

O resultado final deste bazar revelou, mais uma vez, que a “ternura missionária”, tem realmente força. Mesmo que, economicamente, o resultado não cubra as necessidades da missão, outros valores se evidenciaram de forma brilhante. Se poderia destacar:

– A alegria dos que ajudaram na realização deste bazar;

– A amizade que se criou entre os leigos e as Irmãs;

– A vontade dos leigos em realizar outras promoções para ajudar nas missões;

– A sensibilidade de compradores em estar assim contribuindo para as missões;

– A gratidão dos que participaram do bazar pela oportunidade de ajudar;

– A rede de solidariedade fraterna que, passo a passo, foi se reforçando;

– A experiência de comunhão que nos une na força de uma mesma causa;

– A abertura do coração para acolher o novo e diferente.

Outros destaques poderiam ser elencados, mas nos resta dar Louvores a Deus e agradecer os colaboradores. Tudo que se disser é um pequeno balbucio apenas.

 Uma certeza paira na mente e no coração: a “ternura missionária” é uma poderosa força transformadora e fonte de sentido para a Vida Crista e, acima de tudo, para a Vida Religiosa Consagrada.         Colaboração de Ir. Zenilda Luzia Petry

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