01/01/2020 – Solenidade da Santa Mãe de Deus – Dia da Paz

30/12/2019

A Santa Mãe de Deus e a Paz – Lc 2,16-21- Feliz Ano Novo! Neste primeiro dia do ano, a liturgia coloca-nos diante de diversas motivações e todas importantes. Celebra-se, em primeiro lugar, a Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus. Somos convidados/as a contemplar a figura de Maria, aquela mulher que, com o seu “sim” ao projeto de Deus, nos ofereceu Jesus, o nosso libertador e salvador. Celebra-se, também, o Dia Mundial da Paz! Em 1968, o Papa Paulo VI propôs às pessoas de boa vontade que, neste dia, rezassem pela paz no mundo. Celebra-se, também, o primeiro dia do ano civil! É o início de uma nova caminhada a ser feita com novo vigor. O Evangelho mostra como a chegada de Jesus provoca alegria e nova disposição naqueles que têm especial destinação à salvação: os pobres e os marginalizados. Convida-nos, também, a louvar a Deus pelo seu amor e a testemunhar o plano libertador de Deus. Maria, a mulher que proporcionou o nosso encontro com Jesus, é o modelo de quem é sensível aos projetos de Deus, que sabe ler os seus sinais na história, que aceita acolher a proposta de Deus no coração e que colabora com Deus na concretização do projeto divino de salvação para o mundo.
O texto do Evangelho é a continuação daquele que foi lido na noite de Natal: após o anúncio do “anjo do Senhor”, os pastores dirigiram-se a Belém e encontraram o menino, deitado na manjedoura de uma gruta de animais. Significativa a presença de animais no nascimento do Salvador. Aquele que veio para nos humanizar está deitado no meio de animais que não são humanos. Por vezes são até ´”brutos”, “rudes”. A mensagem é evidente: o Natal transforma “seres rudes, brutos” em defensores e cuidadores dos pequenos. É a sonhada Paz, tão necessária nos tempos atuais. Jesus é o Messias libertador, enviado para trazer a paz. Isto transparece, de forma exemplar, nas atitudes dos personagens presentes na narrativa evangélica. Os pastores, depois de escutarem a “boa nova” do nascimento do libertador, se dirigem “apressadamente” ao encontro do menino. A palavra “apressadamente” sublinha a ânsia com que os pobres e os marginalizados esperam a ação libertadora de Deus em seu favor. Aqueles que vivem numa situação intolerável de sofrimento e de opressão reconhecem Jesus como o único salvador e apressam-se a ir ao seu encontro. Ao encontrarem Jesus eles  começam a glorificar e louvar a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido. A atitude de Maria é outra grande luz: ela “conservava todas estas palavras, meditando-as no seu coração”. É a atitude de quem é capaz de abismar-se com as ações do Deus libertador, com o amor que Ele manifesta nos seus gestos em favor da humanidade. “Observar”, “conservar” e “meditar” significa ter a sensibilidade para entender os sinais de Deus e ter a sabedoria da fé para saber lê-los à luz do plano de Deus. Que neste primeiro dia do ano civil, no dia mundial da Paz, a Santa Mãe de Deus nos mostre caminho que devemos percorrer em 2020. Ir. Zenilda Luzia Petry – FSJ